"Oh, meu amigo desses anos dourados.
Me ajude a deixá-lo!"
Hoje, 20 de
Fevereiro de 2017, faz 15 anos que meus olhos bateram nela pela primeira vez.
Ela tinha só 17 anos, eu com meus 21, me enganou que usava óculos e me perdi completamente em um caldeirão de sentimentos que não compreendo até hoje. Tivemos uma
história de anos depois disso. Uma história que acabou, mas que continua muito
importante na minha vida.
Lembro-me de
seu sorriso, de seus períodos depressivos e de seus momentos Beatrix Kiddo onde
teria me fatiado em dois com uma Hattori Hanzō se tivesse a chance.
Nos
conhecemos na faculdade, era 20/02/2002 às 20:02hs... um encontro cabalístico,
parecia que era destino, já fiz planos pra vida toda, planejando casamento,
casa de campo, bodas de prata e o caralho à quatro.
Tempos
depois nossas vidas tomaram rumos divergentes, foi um baque, sangrei como
jamais havia sangrado, chorei como jamais havia chorado e sofri como jamais
havia sofrido. Mas as cicatrizes invisíveis ficaram, as marcas eram eternas e para
sempre, continuam até hoje no meu corpo, no meu cérebro, na minha alma.
Não tem como
ouvir U2 sem lembrar dela.
Não tem como
assistir uma comédia inglesa sem lembrar dela.
Não tem como
olhar pra trás e não olhar pra ela.
Nem tudo era
perfeito, afinal ela tinha um chulé horrível, mas vamos deixar as coisas ruins
no passado, né? As brigas e os ciúmes doentios.
Foi meu primeiro
amor, a primeira mulher que fiz amor, que dormi ao lado e que significou o
infinito e além, mas não foi a única que tocou minha alma desta maneira, apenas
a primeira.
Engraçado
que no 15º aniversário eu ainda me lembre de você, mesmo estando tão longe,
nesses alpes, com outro e que já não signifiquemos o que significamos um para o
outro.
No meu
emprego novo a primeira cliente que atendi tinha o seu nome, parecia algo
kármico, mas era apenas o universo, agindo como sempre age de maneira caótica
para me atingir.
Faz tempo
que não nos falamos, mas onde estiver, hoje, pensei em você e espero que esteja
feliz, minha eterna companheira, minha eterna amiga e uma das cicatrizes no meu
coração, a primeira.
Gustavo Campello
Texto em Itálico: Extraído do Filme "Além da Linha Vermelha" (1998) de Terrence Malick
Texto em Itálico: Extraído do Filme "Além da Linha Vermelha" (1998) de Terrence Malick
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