domingo, 30 de setembro de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE INDECISÕES



Além de ser astronauta, nunca soube o que quis da vida. As vezes queria ser rico, viver bem vestido e sair com mulheres deslumbrantes como em um filme do 007 e as vezes queria ter uma vida simples, longe de tudo, sozinho como em um filme de faroeste antigo.
Das mulheres com quem vivi, tinha a certeza que seria infeliz para o resto da minha vida quando estava com elas, mas também tive a certeza de que seria o homem mais feliz do mundo quando elas partiam. Meu coração nunca bateu no ritmo certo por culpa da indecisão que fazia parte de mim. Se eu deixasse tento de pensar nas possibilidades infinitas e me entregasse a um único destino, minha vida talvez não tivesse sido tão confusa e turbulenta como foi. Quando uma falou em casamento eu surtei, quando outra falou em filhos fugi e quando outra falou em abandonar tudo pra ficar comigo eu a afastei o mais longe possível.

Mesmo aqui no espaço este sentimento de indecisão me persegue como um gato morrendo de fome mastiga um rato morto há três dias. Não sei se sinto desespero por saber que minha morte é iminente, pois a vida parecia guardar ainda tantos segredos a serem conquistados, ou se sinto tranqüilidade, pois me liberto de um mundo do qual não sei se gostava tanto assim.

Pessoas cruéis e egoístas que só pensam nelas mesmas, que fazem de tudo para subir na vida sem se importar em quem estão pisando logo abaixo delas. Um mundo que se autodestrói cada vez mais a cada segundo, onde pessoas para conseguirem viver bem vestidas e sair com mulheres deslumbrantes como em um filme do 007 precisam disseminar a fome e a miséria por todos os continentes do globo.

Então eu me lembro de pessoas boas que conheci, pessoas carinhosas que tinham um apreço único pela humanidade em geral. Minha avó sempre tentou ajudar quem podia, não importava quem fosse. Quando uma pessoa pedia dinheiro no semáforo as pessoas logo diziam “Não dê dinheiro pra ele, vai comprar drogas com certeza!”. E daí? E se ele quiser comprar drogas? Ninguém sabe a história dele, o que viveu, o que viu ou como sua existência é cheia de sofrimento e miséria. Aprendi com pessoas como a minha avó que não se deve julgar os outros. Cada um tem sua história cheia de indecisões e cada um vai levando a vida da melhor forma que consegue.

Eu não acertei o tempo todo, muito pelo contrário, a minha vida foi mais cheia de erros do que de acertos. Acho que as vidas de algumas poucas pessoas devem ter mais acertos. Não é porque eu acertei em determinado caminho que eu devo julgar quem não fez o mesmo, quem se perdeu ou está perdido entre as milhares de escolhas entre o ponto A e o ponto B.

O problema é quando sua indecisão é tão forte que não deixa você fazer escolhas e você fica preso naquele momento, inerte, como se estivesse em animação suspensa. Já fiquei assim, sem tomar decisões e estagnado por mais de um ano. É preciso dar um passo a frente nem que seja para cair de um precipício, é preciso entender que parado nunca se chega a lugar nenhum.

É possível viver uma vida inteira estagnada, onde nada acontece. Então quando se menos espera a morte bate a sua porta cobrando débitos por uma vida que não existiu.

Gustavo Campello

terça-feira, 25 de setembro de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE A SAUDADE



Sinto saudades de tanta coisa. Acabo de pensar em um prato de arroz, feijão e um bife a milanesa. Faz tanto tempo que não como isso. Se eu soubesse que ia morrer aqui no espaço teria comido arroz, feijão e bife a milanesa durante o mês passado inteiro. É estranho como as coisas mais fúteis e que parecem insignificantes é o que nos faz mais falta.

Lembro-me de quando ganhei um pote de mel da Silvana, estava escrito “Para sarar logo da gripe para me dar beijinhos”. Tenho saudades de ganhar presentinhos carinhosos de alguém, a vida de um astronauta às vezes é fria e metódica demais. Ganhei presentes que na hora achei bobos e sem sentidos, porém são desses presentes que sinto saudades. Gostaria de estar com aquele pote de mel agora, só para segurar ele e ler a mensagem no lugar do rótulo quantas vezes eu conseguisse.

Sinto saudades de ser eu mesmo, carreguei tanta coisa inútil nos meus ombros por tanto tempo. Devia ter me livrado desse peso todo há muito tempo atrás. Vagando neste espaço completamente sozinho, percebo agora que vou aos poucos me livrando de coisas que não precisava ter guardado. Nunca estive tão leve, mesmo estando dentro de uma roupa que pesa aproximadamente cento e trinta quilos.

Cada assunto que passa pela minha cabeça nesses momentos finais são como exorcismos instantâneos.

Voltando a pensar em saudade, dizem que não existe tradução para esta palavra em outras línguas. Bobagem. Saudade é sentir falta e ponto, tem gente que gosta de complicar.

Eu sinto falta do seu toque, sinto falta do seu sorriso, sinto falta do seu olhar, sinto falta do seu bafo pela manhã, sinto falta do seu entusiasmo com a vida, sinto falta do seu cabelo e sinto falta dos seus presentinhos.

Sinto falta de sentir medo, perdi o medo das coisas há muito tempo atrás, não estou com medo porque vou morrer. Sinto tristeza pelo fim da minha vida, tão precocemente, com tantos planos ainda por vir, mas medo?

O medo foi-se embora com você, de mãos dadas, por culpa minha e de mais ninguém. Tenho saudade do medo.

Tenho saudade de acampar, quase nunca fiz isso, foram tão poucas vezes. Gostaria de ter acampado mais, olhado o sol refletir em algum lago ou em um campo florido entre as árvores. Sentir a terra entre meus dedos e poder ouvir o som tão diferente do barulho da cidade. Sinto saudade de uma tarde de um domingo qualquer onde pesquei com o meu pai, foi a primeira e a última vez que pesquei com ele. Levamos os peixes para casa e morreram todos sem oxigênio em um balde grande. Eu era pequeno e chorei porque os peixes morreram.

Tenho saudade da comida da minha mãe, já faz tantos séculos que saí debaixo de suas asas que o desfrute de seus quitutes foi tornando-se cada vez mais escasso com o passar do tempo.

Meu irmão, sinto saudade da revista pornográfica que escondíamos no teto de um armário velho na casa de nossos avós.

Percebo agora que sinto saudade de muita coisa, mas no fundo de uma só...

Sinto saudade de estar vivo.

Gustavo Campello

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE A AMIZADE



Dizem que nossos primeiros amigos são nossos irmãos, no meu caso é bem verdade. Venho de uma família grande com cinco filhos, ou seja, tive quatro irmãos. Eu me dava bem com a minha irmã mais velha, mesmo sendo tão diferente dela e tendo uma diferença de idade de cinco anos. Eu era o filho mais tímido e gostava de ficar no meu canto, enquanto ela gostava de ir a baladas, sempre com namorados e parecia curtir a vida. Conforme fui crescendo comecei a achar a vida dela tão vazia que depois de muito tempo comecei a preferir a minha vida cercada de livros e filmes. Ela era a mais inteligente de todos os cinco, disto eu tenho certeza, mas acho que ela escolheu ser uma pessoa comum e dar descarga no cérebro dela a anos atrás.

Depois dela nasceu meu irmão mais velho, foi o meu melhor amigo pra toda a vida, nos dávamos super bem, éramos parecidos em tudo, gostávamos das mesmas coisas, ouvíamos as mesmas músicas, discutíamos sobre os mesmos assuntos e líamos os mesmos livros. Tínhamos uma diferença de idade pequena, menos de dois anos. Ele era craque no videogame e eu sempre o fazendo ler meus gibis. Quando ele atirou na própria cabeça ninguém entendeu nada. Minha vontade de ir pro espaço só aumentou e a família nunca mais foi a mesma. Ele parecia ser o filho modelo, tinha um bom emprego, uma namorada e uma vida regrada... Essa era a única diferença entre nós dois, enquanto ele era o modelo a ser seguido eu era a ovelha negra. Acho que as cobranças foram demais pra ele, mas acho que nunca vamos saber realmente.

Logo depois que eu nasci logo veio minha irmã mais nova, chata pra caramba. Mimada, briguenta, fresca, metida, ignorante, retardada, mal educada, entre muitas outras coisas. Nunca me dei bem com ela, brigávamos o tempo inteiro... Na verdade ela brigava o tempo inteiro, com meus pais, com meus irmãos, com suas amigas, com os vizinhos, com todo mundo. Já faz uns dez anos que não tenho nenhum contado com ela, chegou um momento em que não tínhamos mais nada para dizer um ao outro. Foi a pessoa mais difícil com quem convivi e quando finalmente sai de casa foi um alivio deixá-la para trás na minha vida.

Por último veio o meu irmão mais novo e sempre tivemos uma excelente convivência. Ele tentava me copiar em tudo e eu tentava fazer dele uma pessoa legal. Ele lia meus gibis, ouvia minhas músicas e tudo o mais. Os três garotos se davam bem, mas o pequeno sempre era excluído em várias coisas. Meu irmão mais velho e eu comprávamos doces e esperávamos ele dormir para comermos sem ele. Quando cresceu dei uma força pra ele quando ele mais precisou e quando virei as costas ele roubou minha Silvana. Desgraçado maldito! Gostaria que ele morresse antes de mim, olho para o Planeta Terra e torço para que tenha uma tempestade em algum lugar que lhe caia um raio na cabeça, mas as chances são muito pequenas.

Irmãos realmente são nossos primeiros contatos com a amizade, depois vieram muito mais, amigos de escola, amigos de trabalho, amigos de faculdade, mas é na família que tudo começa.

Olho para as estrelas e só agora me dou conta de que falta pouco para encontrar com meu irmão seja lá onde ele estiver. Isto me deixa um pouco mais feliz. Meus músculos se descontraem pela primeira vez desde o acidente.

- Estou indo – sussurro para ele – espero que possa me ouvir!

Gustavo Campello

sábado, 15 de setembro de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE ACIDENTES



Acidentes acontecem o tempo todo, você pode sair para ir regar o jardim, tropeçar em um sapo, bater a cabeça e morrer. A vida é cheia de acidentes, alguns são mínimos e imperceptíveis e outros são enormes e marcam nossas vidas para sempre.

Minha vida estava indo muito bem, finalmente tinha um emprego que eu adorava, um salário digno, havia conhecido uma garota chamada Rachel e fui designado para minha primeira missão no espaço.

“Prender cabo de segurança 1, soltar cabo de segurança 2” – era só isso que eu tinha que fazer, mas por um desvio de atenção eu soltei um cabo de segurança antes de prender o outro. Acidente! - “Burro! Burro! Burro!”

Talvez meu nascimento tenha sido um acidente, quando pequeno ficava pensando se não era pra eu ter morrido no parto ou algo assim, que minha existência inteira era uma aberração da natureza e que só o fato de eu existir iria colocar todo o mundo em um colapso sem precedentes. Não sei se era pra eu estar vivo ou morto até agora, mas não acho que minha existência tenha sido tão significativa assim para a raça humana. Talvez a minha desatenção em prender os cabos de segurança tenha sido o universo conspirando para me apagar do mapa. Desprendi-me da estação espacial para morrer vagando pelo universo. Espero que eu não sofra muito quando o oxigênio acabar ou que eu esteja apagado já por alguma crise de pânico quando acontecer.

Lembro-me de uma tarde na piscina, estava só eu e meu avô. Ele tinha  sessenta e nove anos e eu ainda nos meus dezessete. Era final da tarde e meus pais haviam viajado, ele fazia aulas de natação e estava aprendendo a nadar depois de velho, havia feito uma cirurgia e se salvado de um câncer e tinha começado a fazer coisas que nunca havia feito desde então... Nadar era uma delas. Estávamos nos enxugando quando ele escorregou nos azulejos lisos como sabão, sua cabeça bateu em uma quina e rapidamente todo o piso branco ficou vermelho, me lembro de segurar sua cabeça e sentir o seu sangue quente escorrer pelos meus dedos, tentei estancar o sangue, mas parecia não surtir efeito nenhum.

- Vô!?!? – eu gritei – está bem?

- Tudo! – ele disse tentando sorrir. Deve ter percebido que eu estava realmente assustado como nunca estive na vida.

Minhas mãos tremiam. Eu ainda tentava estancar o sangue.

- Eu vou chamar ajuda – eu disse pensando em ir até o vizinho.

- Não, espera! – Disse ele segurando a minha mão bem forte – não me deixa aqui sozinho.

Então eu realmente entendi o que estava acontecendo.

- E então... – eu perguntei – como realmente está se sentindo?

- Nunca estive melhor – disse ele – Seja forte, pois esta vida... – então ele hesitou – ...É realmente estranha e maravilhosa.

Eu o abracei e fiquei assim por um bom tempo, me despedindo. Isto me marcou profundamente pro resto da vida, tudo o que eu fiz desde então foi tentando não decepcioná-lo.

Acidentes acontecem o tempo todo e são estranhos e maravilhosos... Como a vida.

Gustavo Campello

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE A DECEPÇÃO



Eu sempre fui uma decepção para a minha família. Não. Na verdade a minha família sempre foi uma decepção para mim.

Eu queria ser astronauta.

- Sonhador! – diziam eles – logo essa idéia passa e ele arranja um emprego de verdade.

Idiotas!

Quando minhas irmãs tiveram filhos logo veio a cobrança em cima de mim de que eu precisava casar e constituir família. Pouco importava para eles se era isto o que eu queria ou não. Na cabeça deles era algo que eu precisava fazer, não por mim, mas por eles.

Idiotas!

No final das contas eu venci, estou aqui morrendo no espaço como um astronauta e isto é muito mais do que eu imaginei poder esfregar na cara deles. Não virei um advogado ou um funcionário respeitado de um grande banco como eles planejaram para mim. Não. Eu sou um astronauta. Sim, eu mesmo!

Eu vi a Terra do lado de fora e a Lua de muito mais perto do que eles. Eu estudei e ampliei meus conhecimentos sobre a vida e as ciências humanas muito mais do que eles. Eu.

Vocês sempre acharam que eu era louco e durante muito tempo da minha vida vocês conseguiram fazer com que eu acreditasse nisso. Perdi-me por completo, minha mente se esmigalhou em milhares de pedaços e não foi fácil reconstruir tudo. Só consegui depois de perceber que o louco não era eu, mas sim vocês.

Nunca tive afinidade com nenhum de vocês, sempre me senti o cisne no meio de um monte de patos como naquela história infantil. Vocês eram medíocres, vivendo seus sonhos capitalistas como se fossem reis, mas não passavam de uma família comum de classe média buscando status em meio aos outros palhaços.

Idiotas!

O que eu mais cansei nessa vida foi de ser cobrado. Tenha um filho, case, consiga um bom emprego, ganhe dinheiro, se vista bem, passe suas roupas, limpe sua casa, seja educado, faça a barba, corte o cabelo, compre um carro, não fale essas coisas perto dos outros, pense na sua aposentadoria, um carro novo e bonito, não esse velho caindo aos pedaços, vá a igreja, faça uma faculdade, pare de reclamar de tudo...

E se eu não quiser abraçar essa vida?

E se eu quiser mais do que isso?

Foda-se todo o status quo!

Fodam-se vocês!

Vou morrer no espaço enquanto vocês vão ser comidos por vermes. Só de saber que vou ter um fim diferente do de vocês já me sinto recompensado. Parando pra pensar agora, não sei nem dizer se vou sentir falta de vocês.

Talvez eu esteja sendo duro de mais, mas é o que estou sentindo.

Idiotas!

Desculpem por toda a decepção que eu causei, agora ao menos acabou.

Gustavo Campello

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE RELIGIÃO



Eu rezo. Rezo para que algum milagre aconteça. Eu acredito em milagres. Acredito que Deus pode me tirar daqui se quiser.

Religião sempre foi algo importante para mim. Fui criado em uma família católica, quando cresci um pouco freqüentei centros espíritas, templos budistas, cultos evangélicos e um grupo de discussão mórmon. Procurando por algo que considerava perdido dentro de mim. Fé. Nunca encontrei fé em nenhum desses lugares, nunca consegui alcançar as respostas para as minhas dúvidas. Ninguém tinha as respostas. Padres, pastores, pregadores, messias, lideres espirituais, etc... Sempre tinham uma série de doutrinas e regras que você devia seguir e pronto, você seria salvo.

- E se uma pessoa praticar o bem e tiver amor ao próximo e não acreditar em Jesus Cristo? – eu perguntei para o padre da minha família – Ela irá para o Inferno?

Não obtive resposta. Ninguém nunca parou pra pensar que talvez Jesus Cristo tenha sido um cara extraordinário que pensou “Como essas pessoas são idiotas, vou ensiná-las que elas têm muito mais a ganhar como humanidade se respeitarem e amarem uns aos outros. Hummm... Mas talvez eles não acreditem em mim. Acho que vou falar que sou filho de Deus e pronto, logo vai ter um monte de gente se respeitando e se amando” e talvez por um tempo tenha funcionado até que alguém pensou “Opa! Vamos pegar esse tal de cristianismo e ganhar algo em cima!” e pronto, foi tudo por água abaixo.

Todo mundo é louco pra inventar motivos pra algo ser pecado e quase toda religião usa a bíblia pra apontar o dedo pra coisas que você não pode fazer. Porém o grande ensinamento de Jesus foi não julgar uns aos outros. A bíblia é considerada sagrada e tida como a palavra de Deus, mas será que ninguém consegue pensar que ela foi escrita por homens? Será que ninguém consegue pensar que houve um período negro na história humana chamada de Inquisição onde a bíblia muito provavelmente sofreu alterações para se criar um padrão de como a sociedade deveria agir?

As mulheres são inferiores aos homens? Devemos procriar como coelhos?

Não deve pecar! Preconceito! Errado! Pecado! Infiel! Inferno!

A única certeza da vida é a morte. Quando se fala da minha vida a morte é uma coisa bem próxima. Deus não vai me salvar. Não vai acontecer nenhum milagre. Sabe por quê? Porque eu não preciso de milagres para acreditar em nada do que uma religião prega.

Eu olho para o universo que me cerca, lembro do ar puro, da grama crescendo, pássaros migrando e consigo ver a perfeição de Deus em tudo. As pessoas procuram tão loucamente se agarrar em algo inútil para terem fé que não percebem que ela está em todo lugar.

A bíblia de nada adianta se você ignorar os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo como história, biologia, química e tantas outras coisas. Estamos varrendo todo o conhecimento para baixo do tapete quando acreditamos em qualquer coisa sem questionar.

Eu acredito, questiono, procuro a verdade dentro do meu coração e minha fé é muito mais forte do que muitas pessoas que freqüentam a igreja todos os domingos. Assim eu alcanço a verdade.

Gustavo Campello