Em Memória de David Bowie
Desapareceu para achar longamente um novo
maquinista. O antigo está morto, neste momento ele está flutuando de um jeito
muito peculiar, e se as pessoas pudessem olhar por trás das paredes do
Edifício, veriam que as estrelas estão bem diferentes hoje. Mas o novo
maquinista há de surgir, enquanto isso não há viagens para fora do Edifício.
Vão de ferro até o Deus Fungo, pois o
ferro é o caminho, ele tudo queima, o único medo do Deus-Fungo é o ferro, mas
enquanto não houver um novo maquinista canhoto que vá longe demais o ferro será
a estrada da enganação. A maneira Dele escapar. Mas Dele ninguém escapa.
Todos foram aos subterrâneos, que apesar
do tamanho, foi suficiente para o adeus. Lá estavam os Duendes Mecânicos, mas
não foram ao mesmo tempo, mas dando gritos para o nada que o mataram,
perseguido por pequenas rodas verdes.
No Mundo Poderoso do Fígado ele está, mas
não é mais desperto, pois o abismo da morte era realmente fantástico.
Falam dele, aguardam as drogas mutiladas
lá da rua. A droga azul. Fuga inevitável da manipulação dos Duendes Mecânicos.
Fuga do controle do Deus-Fungo. Sem o maquinista só resta a droga azul, nada
mais.
Cansado de sua missão, morreu chegando ao
seu parecer sobre o Edifício. Lugar dos vivos que não vivem, lugar onde a morte
não consegue chegar. Mas o parecer final apenas ao maquinista pertence.
Ele, o metrô, veio. Ele desapareceu por um longo tempo para achar um novo maquinista, mas ele voltou livre, como um pássaro azul e com cicatrizes que não podiam ser vistas.
Ele, o metrô, veio. Ele desapareceu por um longo tempo para achar um novo maquinista, mas ele voltou livre, como um pássaro azul e com cicatrizes que não podiam ser vistas.
Gustavo Campello
Nenhum comentário:
Postar um comentário