Toda pessoa
tem sua maneira de ser, seu jeito de agir, sua identidade de pensamento. Suas
ações fazem dela o que ela vem a se tornar, mas quanto o meio em que ela vive
influencia isso?
Todo
ambiente tem sua maneira de ser, seu jeito de agir sobre outras pessoas, sua
identidade de existência. O lugar onde vivemos é quase como um ser vivo que nos
envolve em sua canção inaudível e em seus sinais invisíveis.
Tariq não
sabe mais quem ele é, algo parece errado desde que seus olhos começaram a
enxergar os sinais invisíveis. Ele não sabe, mas logo seus ouvidos irão escutar
uma canção inaudível e tudo se fechara em um ciclo de violência. Os Duendes
Mecânicos não gostam de pessoas diferentes, os Duendes Mecânicos são parte do
Mundo Intermediário, parte do ambiente, agindo como glóbulos brancos
demoníacos, expurgando a doença do pensamento livre.
- Nós
sabemos que existe um outro mundo, um mundo de sonhos, um mundo proibido.
Tariq não
sabe por que disse isso em voz alta, ele sabe que é perigoso.
No Mundo
Intermediário não existe morte, não existe fome e não existem doenças, mas de
que adianta tudo isso se não existe liberdade? Existem muitas outras pessoas
como Tariq, muitas foram pegas e levadas para o subterrâneo, outras escaparam
para o Mundo Posterior, a maioria ainda se encontra aqui, escondida, vivendo em
fuga pelo Edifício.
Os Duendes
Mecânicos são agentes da ordem, do controle, da opressão e da fantasia que se
interpõe ao sonho. A fantasia real que impede que busquemos algo de diferente
para nossas vidas.
Os Duendes
Mecânicos são as células materializadas do Deus-Fungo neste plano, assim ele
destruiu a ordem cósmica das coisas, pois este não é o mundo destinado ao
Deus-Fungo. Uma invasão aconteceu há muito tempo atrás. Faz tanto tempo assim?
Mil anos? Cem anos? Quatro minutos? Quem se importa?
Tariq sabe
que sua vida está por um fio, quer continuar tocando bateria com os Formigas de
Mercúrio, mas não pode mais ser conivente com o estado de brutalidade e
opressão imposto pelo Deus-Fungo.
É hora de
lutar.
É hora de
resistir.
Espere a
revolução!
Gustavo
Campello
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