Eu estou prestes a
morrer e faz já um bom tempo que só penso em sexo.
Sexo é uma coisa boa e
uma coisa ruim ao mesmo tempo. Boa porque não consigo pensar em nada melhor que
exista. Ruim porque acaba controlando nossas vidas em um nível que nem sequer
temos noção.
Sexo é um instinto
primário... Primitivo. Sentimos atração por uma garota pela sua forma física, não
importa se ela é inteligente, legal, simpática e engraçada. As qualidades reais
da pessoa vêm depois. Podemos conhecer uma gostosona e depois descobrir que ela
é chata, paciência, damos um fora e tudo bem. O que eu quero dizer é que a
atração física, sexual, vem em primeiro lugar sem que percebamos.
Instintos animais de
procriação, quase uma coisa nazista, horrível, mas que infelizmente existe e
fingimos que não percebemos. Ninguém olha pra uma garota feia e pensa “Ela deve
ser legal!”.
Mas o que é uma garota
feia?
Existe?
O que é bonito pra um
pode ser feio pra outro.
Essas modelos magrelas
que irradiam a bulimia como o Sol irradia a luz... Pelo amor de Deus! Isto não
me chama a atenção.
Top model número um do
mundo! Foda-se! Eu não chegaria nela em um bar nem hoje, nem nunca!
Ser feio é relativo.
Eu posso ser feio pra
uma pessoa e lindo para outra.
Uma vez o meu barbeiro
me disse uma frase que é a mais pura verdade:
“Não importa o quão
feio você seja, vai ter sempre uma mulher bonita que te acha lindo!”
Eu acho que é verdade,
porque a bonita pra mim é relativa como é pra você.
Pra você?
Com quem diabos estou
conversando dentro da minha cabeça?
O que quis dizer
quando disse “pra você”?
Estes são só meus
pensamentos, ninguém está ouvindo, eles vão sumir como vapor quando eu morrer.
Só queria transar uma
última vez.
Sentir aquela explosão
de sentimentos que não conseguimos explicar.
Sexo.
Não ligo de ser um
animal irracional quando o assunto é sexo. Não ligo em ceder a instintos
mundanos. Sou um bicho, um animal como qualquer ser humano na Terra.
Eles podiam ter feito esta roupa com um pouco mais de mobilidade.
Eu realmente queria
muito fazer sexo uma última vez.
Gustavo
Campello
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